A Escola Ridalva participa das Olimpíadas de Língua Portuguesa 2014. Confira os excelentes trabalhos dos nossos alunos.

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA RIDALVA CORRÊA DE MELO FIGUEIREDO

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2014
GÊNERO: MEMÓRIAS LITERÁRIAS

MINHAS BRINCADEIRAS DE CRIANÇA
Marane Silva, 13 anos , 7º ano - C
        
Quando mais nova, eu brincava de muitas coisas legais.  Sério! Para mim, as brincadeiras da minha infância eram top. Minha casa ficava numa ladeira pouco inclinada e, na sua encosta, havia um sombreiro que floria no verão e dava frutos nos meses de maio a julho, quando suas folhas caíam. O quiabento formava o muro de nossa casa e a grama cobria o quintal como um tapete verde.
Naquela época, acho que toda menina brincava de bonecas. Isso mesmo, bonecas. Eu amava brincar de bonecas, tipo assim: Eu tinha duas filhinhas uma bebezinha que se chamava Ana Júlia e a Ana Beatriz, um pouco maior que a boneca Júlia. Eu ia para a casa da Duda, minha vizinha da casa de portão branco, com minhas bonecas e ficávamos em seu quarto brincando de casinha. Imaginava-me uma mãe que trabalhava fora e deixava suas filhas, as bonecas, com a babá. Imitava minha mãe transferindo para minhas bonecas todo o cuidado e carinho que ela me dava. A Duda colocava em seu colo a Júlia, colava cuidadosamente a mamadeira de plástico na boca da boneca e fingia alimentá-la. Era divertido fazer o papel de mamãe.
A brincadeira se estendia para além das bonecas. Em frente a casa da Duda havia terras de tipos diversos. Nós pegávamos as panelinhas de brinquedo e enchíamos de terra. Com a terra preta, fazíamos bolinhos de chocolate e enrolávamos a terra vermelha, como se fosse bolinhas, fingindo ser doces de morango. Algumas vezes, pegávamos comida de verdade. A Duda assaltava as panelas de sua mãe, trazendo para nossa brincadeira um pouco do almoço do dia. Era ótimo brincar de dona de casa.
Mas não era somente de bonecas e casinha que brincávamos. Como em nossa rua havia poucas crianças, o pega-pega não era aquilo tudo, mas dava para nos divertir. Eu, meu irmão e a Duda corríamos rapidamente pelo asfalto a fora, um atrás do outro. Eu sempre conseguia agarrá-los depressa para fazê-los correr atrás de mim. Além do caminho negro, eu costuma invadir correndo o jardim do seu Albino onde havia um pequeno pé de laranja, uma roseira que, na primavera, se enchia de flores rosas e um pé de erva doce usado para fazer chá quando algum vizinho solicitava ao prestativo vizinho. Nosso pega-pega era da hora!
Não sei porquê me pego agora me lembrando da minha infância. Acho que a nostalgia me pegou de jeito. É um período de minha vida que me marcou intensamente. Então, porque não lembrar?


Nenhum comentário:

Postar um comentário